GRAVIDEZ – QUANTAS DÚVIDAS?

FONTE: Revista O Meu Bebé

Todas as mães se deparam com um milhão de perguntas ao longo da gravidez: o que é natural, mas o mais importante é encontrar as respostas adequadas, aquelas que a fazem sentir-se mais preparada e consciente do acontecimento que se avizinha.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Estou na minha primeira gravidez e, há algumas semanas, noto ligeiras perdas de leite. Porque sucede?

É algo absolutamente fisiológico, relacionado com o início da gravidez e a produção de hormonas, entre outras; estrogénios, progesterona, relaxina e prolactina. A última encontra-se sempre no corpo da mulher, porém, durante a gravidez, aumenta até ao ponto de ser naturalmente expulsa por volta dos três ou quatro meses de gestação. Este líquido chama-se colostro e é totalmente indolor. Porque acontece? Porque as mulheres se encontram biologicamente preparadas para a lactância e produzem hormonas específicas durante os nove meses, ainda que nem sempre se verifiquem perdas de colostro.
A secreção de colostro pode manter-se até ao fim da gravidez, mas, imediatamente a seguir ao parto, a sua produção aumenta de forma decisiva. Segundo as recomendações dos especialistas, é necessário pôr a criança ao peito o mais depressa possível; logo na sala de parto, se não há complicações ou então nas 3-6 horas seguintes ao nascimento, o que incentiva a produção (já ativa) do colostro, que se mantém assim durante uns dias até surgir a primeira subida do leite.
No decorrer da toma existe um primeiro leite, mais rico em lactose, e um último, mais rico em gorduras e proteínas. Por esta razão, é importante dar o peito a demanda, e deixar que o bebé sugue durante o tempo que desejar, o que lhe permitirá garantir que o seu filho toma os dois tipos de leite.

É necessário ter algum tipo de precaução com as relações sexuais durante a gravidez?

A atividade sexual é completamente natural e fisiológica, e também durante a gestação; é um modo de manter viva a intimidade do casal. Quando o volume da barriga aumenta é necessário encontrar uma posição confortável para os dois, e é importante saber que o sexo não põe em perigo a saúde do bebé, que está protegido pelo líquido amniótico do saco onde se encontra.
É possível que o casal tenha relações com menos frequência devido a motivos psicológicos. A futura mãe pode sentir-se “ocupada” ou sem vontade. Por outro lado, o pai também pode ter a sensação de que a mulher se sente de certo modo “travada”.
É apenas em alguns casos que a atividade sexual é contraindicada por motivos médicos. Por exemplo, nos casos de malformação congénita da vagina ou pela existência de uma infeção concreta (candidíase ou tricomoníase) que deve ser diagnosticada e tratada. Existem poucas contraindicações causadas por patologias específicas da gestação, como a inserção anómala da placenta, a placenta prévia ou a incompetência cérvico-ístmica (o fecho inadequado do colo do útero) que possuem risco de parto prematuro.

 Se o bebé “chegar” de rabinho, posso ter um parto natural ou é sempre aconselhável uma cesariana?

Quando o feto se encontra numa posição anómala (neste caso, oposta à fisiológica, ou seja, a posição cefálica), normalmente é necessário recorrer a uma intervenção cirúrgica com cesariana.
O problema principal do parto podálico é que a última parte a sair do corpo materno é a cabeça do bebé. O cordão umbilical, que une o feto e a placenta, poderia ficar comprimido entre a pélvis materna e a cabeça do bebé, o que causaria sofrimento fetal, razão pela qual se aconselha a recorrer à cesariana.
No entanto, isto não ocorre se o parto se produz de forma prematura, por exemplo no sétimo mês, e a mulher chega ao hospital com uma dilatação (completa ou avançada) do colo do útero. Neste caso o parto é assistido com normalidade, já que o pequeno tamanho da cabeça do bebé reduz o risco de compressão do cordão umbilical.
De qualquer forma, se uma mulher deseja evitar uma cesariana a todo custo, pode falar com a parteira ou com o ginecologista, com o fim de avaliar a possibilidade de um parto vaginal. Depois de se informar sobre todos os riscos, benefícios, e possíveis complicações, a mãe pode decidir se deseja que um especialista tente dar a volta ao bebé, seguindo a manobra manual específica.

Espero gémeos, mas gostaria de ter um parto vaginal. Que problemas poderiam ocorrer?

Em geral, perante uma gravidez de gémeos, recomenda-se a cesariana porque, quase sempre, uma das crianças se encontra em posição podálica. A primeira poderia nascer de forma natural, mas o risco reside na necessidade de efetuar uma cesariana com o segundo bebé, razão esta que leva muitos médicos a não deixar sequer que a dilatação se inicie. A dilatação prolongada e a excessiva distensão da cavidade uterina podem expor a mãe a uma atonia pós-parto.
De resto, é difícil que uma gravidez de gémeos chegue ao seu termo, como tal, seja em caso de cesariana agendada ou de dilatação espontânea, é conveniente que o parto seja realizado num centro hospitalar que disponha de um departamento de obstetrícia e ginecologia preparados, assim como de uma unidade de neonatologia, para possíveis complicações.
Porém, é importante destacar que também há algumas exceções, e que existem alguns partos espontâneos de gémeos que chegam ao seu termo. Nestes casos específicos, é importante o facto de a mãe se decidir pelo parto vaginal, assim como o peso das crianças não ser excessivo, para além de se encontrarem em posição cefálica.

Estou nas primeiras semanas de gravidez e sinto ligeiras contrações uterinas. Quando devo ir ao médico?

No início da gravidez, entre as cinco e as nove semanas, a futura mãe pode notar uma sensação semelhante à da menstruação. Trata-se de contrações uterinas que, na maioria dos casos, servem para facilitar a implantação do óvulo.
Pelo contrário, deve procurar o médico se sofre perdas de sangue. Ainda que estas não sejam necessariamente o sintoma de um problema (podem dever-se exactamente à implantação do óvulo) é sempre melhor ser avaliado.
Outro sintoma, que normalmente surge no início da gravidez, é a tensão e o inchaço do peito, tal como muitas vezes sucede durante a menstruação. Não obstante, no caso da gestação, o peito não desincha em poucos dias, pelo contrário, irá aumentar o seu volume e ficará mais sensível.

Tenho medo de sofrer no parto. Qual é o modo mais eficaz para reduzir a dor?

Se a futura mãe tiver uma parteira ao seu lado durante a dilatação, e sabendo que pode contar com a sua presença durante a gravidez, terá um maior controle na percepção da dor.
Por outro lado, existem métodos naturais, que não da medicina, entre os que se encontra a possibilidade de andar e adotar posições específicas para atenuar a sensação de dor. Também se pode optar por efetuar a dilatação na água ou servir-se de objetos como uma bola ou um pequeno banco, que ajudam a suportar o sofrimento de modo ativo.
Claro que pode sempre pedir a anestesia epidural. Neste caso será um parto natural com apoio médico, ainda que isto não signifique que não se dê à luz por via vaginal, mas sim que se colocará um cateter na mãe, que o controle do ritmo cardíaco do bebé e das contrações será mais exaustivo, e que a dilatação será mais prolongada. No entanto, o efeito da anestesia é subjetivo, e nem todas as mulheres o sentem do mesmo modo.
De qualquer forma, pode experimentar começar o parto de modo natural, para saber se a dor da dilatação é realmente insuportável ou se é possível enfrentá-la com técnicas naturais. No caso de ser demasiado duro, pode pedir a intervenção do anestesista epidural durante a segunda fase do parto.

Estou no primeiro trimestre e sinto-me sempre cansada, especialmente de manhã. É normal?

Durante este período, o cansaço é o resultado de um enorme envolvimento emocional. São inúmeras as transformações que afetam todo o organismo, e não apenas o útero. A nível psicológico, a futura mãe reflete sobre as importantes alterações que está a viver, inclusive antes que a barriga seja evidente.
A sonolência do primeiro trimestre (absolutamente normal) será ultrapassada por volta dos quatro meses, de forma totalmente natural.

FONTE: Revista O Meu Bebé

O QUE LEVAR PARA A MATERNIDADE

Para a ajudar neste momento tão importante, preparámos uma lista para si e para o bebé do que deverá ter já preparado dentro da mala.
Se está na reta final da gravidez, parabéns! Finalmente chegou a hora de preparar as suas coisas e a malinha do bebé para levar para a maternidade. É aconselhável que as malas estejam prontas quando já estiver com 36 semanas de gestação, assim evita stresses nos minutos finais, quando poderá  provavelmente estar em trabalho de parto e completamente focada no que está para vir.

Para a ajudar neste momento tão importante, preparámos uma lista, para si e para o bebé, do que deverá ter já preparado dentro da mala. Com tantos preparativos finais, aconselhamos a imprimir esta lista de items essenciais para não se esquecer de nada. 

PARA SI:

–  Camisolas ou pijamas com abertura à frente para facilitar a amamentação (pelo menos três, podem-se sujar por causa do sangramento pós-parto);

Cuecas grandes e confortáveis, de preferência as que já está usa durante a gravidez. Terá de usá-las com grandes pensos higiénicos, seja parto normal ou cesariana;

Robe para andar pelos corredores do hospital depois do parto e para receber visitas; 

Chinelos ou sabrinas;

–  Meias;

Soutien de amamentação;

Conchas ou discos para o peito;

Produtos de higiene pessoal como escova, shampoo, condicionador, sabonete, escova de dentes e pasta e maquilhagem suave;

Pensos higiénicos:  lembre-se de que é normal sangrar depois do parto. Os hospitais costumam fornecer mas leve pelo menos uma embalagem do tipo noturno, se tiver uma marca preferida;

Roupas para sair do hospital que sejam largas e bem confortáveis, já que a barriga de grávida não desaparece de um dia para o outro! 

Relógio de pulso ou telemóvel para controlar as horas das mamadas e avisar a família do grande acontecimento;

– Todo o material necessário para fazer reportagem de vídeo ou fotográfica de um dos momentos mais importantes da sua vida.

PARA O BEBÉ:

Não se preocupe com as fraldas descartáveis, costumam ser cedidas pelas maternidades e hospitais. Terá de levar, pelo menos:

Produtos de higiene próprios para bebés e todos da mesma marca (caso faça alergia já sabe qual a marca que a provoca e terá de alterar toda a gama) e toalhetes;

Limas de papel (para limar as unhas e evitar cortes desnecessários); 

– Uma cadeira de automóvel própria para recém-nascidos, também conhecida por “ovo”, para poder levar o seu tesouro para casa;

6 Macacões tamanho recém nascido;

6 Bodies;

6 Calças com pé;

1 Manta de algodão;

2 Xailes de linha ou lã (pode ser um só, especialmente se estiver calor);

2 Casaquinhos de lã, de preferência com botões à frente e que não tenham que passar pela cabeça;

Fraldas de tecido para apoiar no ombro ao colocar o bebé para arrotar;

6 babetes;

6 pares de meias, se estiver muito frio;

É muita roupa mas os hospitais pedem roupinhas de reserva para garantir que não há nenhum imprevisto. 

Antes lembre-se de lavar tudo com sabão neutro e de separar as roupas que sejam adequadas para a época do ano. Ao nascer, os bebés precisam ser mantidos a uma temperatura mais quente, mas não exagere nos agasalhos, para não deixar o seu filho desconfortável.  Atenção, as maternidades preferem que os bebés não usem lacinhos nem pulseirinhas, para não se perderem nas trocas.

ATENÇÃO!

Além da mala, não se esqueça de outros objetos essenciais. Faça uma lista e deixe bem visível para verificar, no momento de sair, se não se esqueceu de  nada: 

Cartão de Identificação de Utente dos Serviços de Saúde e Cartão de Beneficário do Seguro de Saúde;

Bilhete de Identidade;

Boletim de Saúde da Grávida;

Análises, ecografias e outros exames realizados durante a gravidez;


fonte: SAPOLIFESTYLE

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ISABEL MONTE FOTOGRAFIA – FOTOGRAFIA FINE ART PRÉ-MAMÃ & RECÉM-NASCIDOS
A capturar momentos de pura ternura desde 2009 – Lisboa/Setúbal – Portugal
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